sábado, 9 de junho de 2012

O FÓSFORO E A VELA




- Bom dia, Senhora vela. Tudo bem contigo? Tem trabalhado muito? 

- Bom dia, Fósforo. Trabalhado? Eu não. Estou sossegada no meu canto. O meu único sentimento é de medo de um dia ser acesa. E daí? O que será de mim? E minha beleza, onde vai parar? 

- Sabe Vela. Eu tenho uma tarefa muito importante a executar: Eu tenho a tarefa de acender-te. 

- Não! Isso não! Se eu for acesa, então meus dias estão contados. Ninguém mais vai admirar a minha beleza. 

- Mas tu preferes passar a vida inteira aí, inerte, sem ter experimentado a vida? 

- Mas, queimar dói e consome as minhas forças. 

- Mas a única coisa importante em nossa vida é amar e, o amor supõe entrega, supõe doação, supõe gastar a vida pelo outro e esse entregar a vida pelo outro é o jeito de amar como Deus ama. Olha! Esse é o único sentido de sua existência, pois, de que vale uma vela apagada? 

- Sabe, Sr. Fósforo. Essa sua proposta me causa muito, muito medo, mas, acho que você tem razão. Não sou feliz assim, me sinto muito só, triste, sem vida. Estou me convencendo que minha missão é iluminar, é brilhar. É ser luz para o outro, mesmo que para isso eu precise me consumir, precise me doar por inteira, como fez Jesus Cristo, que "amou tanto o mundo, que amou até o fim". 


- Isso mesmo, vela. Que bom que você encontrou sua vocação e decidiu assumir sua missão. 

- Vamos lá, fósforo. Não dá mais pra voltar atrás. Eu te peço. Acenda-me!

Devemos fazer aquilo que Deus quer que façamos, devemos cumprir a missão que nos foi dada e partilhar o  amor de Deus mesmo para isso tenhamos que ser desgastados....A recompensa será viver em nossa morada eterna: o céu é nosso lugar!

Bendito seja Deus



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